domingo, 28 de junho de 2009

A História da Atomística

O atomismo é um estudo que muito se alterou ao longo dos séculos. A princípio como partícula elementar, o átomo passou a pudim de passas e finalmente ao modelo planetário atual.
Surgido praticamente de forma intuitiva, o conceito de átomo teve sua origem na Grécia Antiga, com os filósofos Demócrito, Leucipo e Epicuro. Não tendo base científica, tais gregos imaginavam um modelo atômico no qual o átomo fosse indestrutível, imutável. No entanto, levando em consideração a época em que viveram, é certo que tiveram sucesso em suas suposições.

"Por definição há cor, / Por definição há doce, / Por definição há amargo, / Mas na realidade há átomos e espaço." É a frase atribuída a Demócrito de Abdera que resume sua concepção dos átomos, mostrando não estar totalmente equivocado em relação a seus postulados.

Em 1808, um cientista chamado John Dalton publicou o livro Uma nova filosofia química que fundamentou a atomística como ramo científico. Em seu livro, Dalton baseou-se principalmente em Epicuro, estabelecendo um modelo atômico no qual o átomo encontra-se como partícula elementar e constituinte de toda a matéria. Entre seus escritos, afirmava também que átomos de um mesmo elemento químico possuiriam mesma massa, assim como átomos de diferentes elementos teriam massas distintas, fato comprovadamente errôneo.

As experiências de Dalton utilizavam a combinação de certas quantidades de matéria que eram consideradas substâncias simples. No entanto, muitas fórmulas foram equivocamente atribuídas a certas substâncias, como é o caso a água (H2O), definida apenas com HO.
Seu estudo, mesmo partindo de premissas infundadas, possibilitou o início do estudo do átomo, assim como suas utilidades na química e na física. Mais tarde cientistas com John Thomson deram continuidade a atomística, até a concepção atual.

Thomson, em suas experiências com raios catódicos, percebeu a
emissão de partículas com massa inferior a do átomo, que possuíam carga negativa, nomeadas elétrons. Após receber o Prêmio Nobel de Física, Thomson criou seu próprio modelo, que envolvia um átomo composto por elétrons imersos em uma massa elétrica e homogeneamente positiva, o denominado “pudim de passas”.

Um grande salto foi dado com o célebre experimento de Rutherford, no qual um material radiativo envolto por um recipiente de chumbo emitia partículas alfa (dois prótons e dois nêutrons) na direção de uma delgada lâmina de ouro. Obedecendo ao modelo de Thomson, era esperado que as partículas sofressem pequenos desvios, no entanto, notificou-se que a maioria das partículas não sofria desvio algum, certas partículas desviavam e algumas poucas voltavam, o que surpreendeu os cientistas envolvidos.

Rutherford imaginou um modelo no qual o átomo fosse composto por um núcleo maciço, que conteria grande parcela da massa total, e camadas de elétrons ao redor, o que poderia explicar o resultado do experimento. Hoje se sabe que o modelo do núcleo composto de prótons e nêutrons, em torno do qual orbitam níveis eletrônicos é aceito pela ciência, tendo sofrido importantes alterações conceituais durante o século XX que passaram a explicar certas dúvidas. Os nomes de destaque são Niels Bohr e Arnold Sommerfeld, motivo da nomenclatura Bohr-Sommerfeld atribuída a concepção atual da composição atômica.

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